terça-feira, 4 de agosto de 2009

CRISE!? OU SERÁ QUE SERIA UM TESTE RECORRENTE PARA SEPARAR O JOIO DO TRIGO!?

Por Orlando Pavani Junior *

Qual a diferença entre a “pessoa física” da “pessoa jurídica”!? Todos os pressupostos conceituais sobre a gestão das organizações inspirou-se em algum grau no funcionamento dos organismos vivos. O próprio nome “organização” vem de “organismo”; os departamentos das empresas públicas chamavam-se “órgãos” como uma comparação aos órgãos dos sistemas vivos. Tudo no ambiente corporativo, desde os seus primórdios, sempre foi um estudo acadêmico inspirado preponderantemente no funcionamento perfeccionista da máquina dos seres vivos.
A grande diferença, metaforicamente falando, é que as pessoas físicas (seres humanos) nasceram para um dia morrer, ou seja, os seres vivos, mais cedo ou mais tarde vão sucumbir, por mais perfeita que sejam suas práticas neste mundo. Já as pessoas jurídicas (empresas) não têm a mesma característica, não é de sua natureza a morte e, quando acontece, caracteriza a convicção de que a mesma foi assassinada! A pessoa física tem limites de adaptabilidade ao ambiente em que vive, mas a pessoa jurídica só não se adapta se não quiser ou não perceber que precisa adaptar-se. Não existe, portanto, morte natural para pessoas jurídicas, só mesmo morte “matada”!
Num ambiente de CRISE...aliás o que é CRISE?! No idioma mandarim (falado pelos chineses) a palavra CRISE se escreve com dois ideogramas (símbolos kanjis) distintos, um sozinho significa PERIGO e o outro, também sozinho, significa OPORTUNIDADE, mas ambos unidos representam a palavra CRISE, ou seja, ela deve ser vista como um “perigo” iminente, mas também pode (e deve) ser vista como uma grande “oportunidade” de aprendizado e de saltos quânticos de desempenho e de performance. Outra alternativa pitoresca é retirarmos a letra “S” da mesma palavra CRISE, sobrando outro termo importantíssimo neste ambiente: CRIE. A criatividade para fazer mais e melhor depende única e exclusivamente de uma decisão do gestor e de sua equipe.
Numa de nossas atitudes sistemáticas para evitar que as empresas (nossas clientes ou simplesmente as empresas em geral) morram (ou melhor, sejam assassinadas pelos seus gestores), fomos não somente estudar profundamente a excelência da gestão, mas também a ciência do comportamento de quem as gere: as pessoas. Somos talvez uma das poucas empresas com uma equipe de profissionais que detém de proficiência para ajudar não somente tecnicamente as organizações em geral, mas também em ajudar sob o ponto de vista comportamental.
Sabemos que ATITUDE é a característica mais rarefeita no ambiente corporativo, em todos os seus níveis, e que as CRISES, cada vez mais recorrentes e cíclicas, têm contribuído mais positivamente do que ao contrário. São inúmeros os casos de empresas que atribuem aos ambientes de CRISE o real motivo de sua superação, motivo idêntico que outras tantas justificam sua falência!
Um dos depoimentos mais proeminentes e inesquecíveis que uma pessoa nos deu (depois de em um de nossos treinamentos comportamentais) é que somente em ambientes de caos total pode-se perceber que entre as letras “D” e “S” da palavra “DEUS”, existe também um “EU”, forte e corajoso, que sequer percebemos ao longo do tempo! Se não percebermos este EU (capaz de realizar absolutamente tudo que desejar....principalmente se fizer o que “precisa ser feito” e não somente o que se “gosta de fazer”), não haverá CRISE que seja capaz de esvaziar-lhe da esperança e da motivação de continuar a caminhada!
Não seria um INDICADOR de gestão algo que permita que as organizações (pessoas jurídicas) também possam sentir suas “dores” mais sutis a ponto de procurar ajuda com consultores especialistas, a exemplo das pessoas físicas com seus médicos e personal trainers!?
Estou convencido de que as CRISES virão intermitentemente, sem cansar, apenas para nos testar de nossa capacidade de superá-las e ver mais do que sempre vimos! Espero que ela possa separar o JOIO do TRIGO e que só sobrevivam as que realmente merecerem.
Pense nisto!


*Adm. M.Sc. Prof. Orlando Pavani Junior é CEO da Gauss Consulting, empresa especializada em consultoria instrumental e assessoria especializada.
pavani@gaussconsulting.com.br

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