segunda-feira, 31 de agosto de 2009

AMOR & AMAR - Qual a conexão destas palavras com a Excelência?!

Diversas vezes já se comentou a relevância de discutir o AMOR no âmbito empresarial, especialmente nas disciplinas acadêmicas dos cursos de administração e a conexão deste tema no que tange a excelência de forma mais global.

Primeiramente, gostaria de distinguir o AMOR do AMAR. São palavras semelhantes, é verdade, mas de significados muito, muito diferentes entre si. AMOR é um substantivo que remete a um “sentimento” interior de alguém para com alguma coisa ou pessoa.

AMAR é um verbo que remete, como todo verbo, a uma “atitude” de alguém para com alguma coisa ou pessoa.

  • AMOR é interiorizar um sentimento, AMAR é exteriorizar o mesmo sentimento!
  • AMOR só quem sente percebe, AMAR é uma atitude de quem AMA percebida pelo amado!
  • AMOR é egoísta, AMAR é altruísta!
  • AMOR é intelectual, AMAR é emocional!
  • AMOR é de fora para dentro, AMAR é de dentro para fora!
  • AMOR é uma forma de chamar o amado, AMAR é o jeito de olhar o amado!
  • AMOR é uma palavra fácil, AMAR é um exercício diário;
  • AMOR é o que todos querem ter, AMAR é o que só alguns conseguem dar!
  • AMOR é reativo, AMAR é proativo e visceral!
  • AMOR é dependente, AMAR é generoso!
  • AMOR é freqüente, AMAR é escasso......

Cada vez que penso sobre estas diferenças, mais consigo justificar o sucesso de alguns (pessoas e empresas), no médio e longo prazo, em detrimento do fracasso de outros. É muito fácil dizer EU TE AMO (confessar um sentimento) a alguém, mas é extremamente difícil AMAR (demonstrar atitudinalmente este mesmo sentimento) alguém ou alguma coisa.

Considero o AMAR (e não somente o AMOR) uma das principais lacunas atitudinais a serem desenvolvidas no meio corporativo, pois muitas pessoas ainda buscam somente o dinheiro sem levar em consideração o que realmente AMAM fazer, o que fariam (se pudessem) absolutamente de graça, pela simples sensação de AMAR o que se faz!

Em minha experiência profissional, já vivi e convivi com muita gente rica, muito rica mesmo, mas confesso que dentre estes nunca encontrei alguém que fizera tudo somente pelo dinheiro, todos eles fariam seu trabalho primeiramente porque AMAVAM fazer aquilo e o tempo devolveu de uma forma financeiramente muito recompensável, como decorrência do AMAR o que se faz!

Parece que falar sobre este assunto, sobre estas palavras, principalmente no meio em que convivo, o meio empresarial competitivo, é meio piegas!

Discordo! É exatamente quem pensa assim que desvirtua tudo e que faz deste meio um ambiente difícil e estressante.

Competir, entender que a vitória é muito mais uma questão de freqüência e perseverança do que de competência superior, desafiar os limites sem cansaço, não obscurecer no comodismo, compreender que acertar é mais humano que errar, jamais parar de estudar, descobrir que “ler” é muito mais que apenas “saber ler”, buscar e atingir a excelência só se consegue, realmente, por meio do AMAR o que se faz.

Sem isto....tudo é sofrimento que não vale a pena!

Pense nisto!

Tirá-lo da zona de conforto e fazê-lo refletir e agir é minha principal função. Você sempre é o único culpado por tudo de bom e de ruim na sua vida!


Se você acha que pode....tem razão, mas se acha que não pode...infelizmente também tem razão!

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Mapeamento e Gestão “por” Processos: este sim deveria ser o começo de qualquer processo de mudança organizacional e de excelência em gestão

Por Orlando Pavani Junior

Para diversas empresas, este tem sido um dilema recorrente, ou seja, comprar direto um software da geração ERP (Enterprise Resource Planning), ou também conhecido como SIGE (Sistemas Integrados de Gestão Empresarial), pois a empresa está crescendo e as atividades manuais já não suportam mais a demanda e a complexidade do trabalho. Ou seria melhor primeiramente reconhecer e mapear detalhadamente seus processos organizacionais e aperfeiçoá-los para que não se corra o risco de automatizar/informatizar os erros e as atividades não agregadoras de valor?!

Em realidade, tenho presenciado diversos profissionais, normalmente vendedores de softwares e/ou representantes, até muito competentes (isto é inquestionável), representantes das fábricas de SOLUÇÕES (como eles mesmo preferem autodenominar o core business das empresas em que atuam) que costumam configurar os produtos que comercializam como “Softwares de Sistemas de Gestão”.

É desta conduta terminológica, muito inadequada a meu ver, e sobre a saga de quem adquire estas soluções, que pretendo versar. Quem rotula qualquer software, por mais espetacular que seja, de “solução em sistemas de gestão” é mais do que prova cabal de que sobre “Sistema de Gestão” propriamente dito, realmente entende pouco, ou talvez, quase nada. Um software, por mais incrível e integrado que possa ser, apenas será capaz de automatizar as rotinas dos processos organizacionais de forma integrada com as mais diversas áreas da empresa. Se isto acontecer, sem absolutamente nenhuma falha (o que seria quase impossível), ainda assim estará muito, mas muito distante, do real significado da expressão: Sistema de Gestão. Como, na grande maioria das vezes, estes softwares são adotados por empresas sem que exista, antes de sua aquisição, uma implementação cuidadosa do Mapeamento e Gestão POR Processos, o que acaba acontecendo é a “automatização do erro”! Como decorrência deste ERRO de comprar um software de ERP antes de mapear e otimizar seus processos atuais, estes profissionais/empresas empurram a “venda casada” com aquilo que chamam horas de consultoria para “customização”.

Customizar um software nada mais é do que adaptar o mesmo, em algum grau, a realidade da empresa, o que significa, via de regra, que o formato atual dos processos está imperfeito. Normalmente, os vendedores destas “soluções” insistem em dizer que a necessidade de customização será pequena, uma vez que o software já fora testado em uma grande quantidade de clientes em diversas partes do território nacional (e até internacional). Com o passar do tempo, a empresa percebe que já gastou mais em horas de customizações do que nas licenças do software propriamente dito (aliás, estas horas é que caracterizam a grande fonte de rentabilidade destas empresas de softwares) e que, provavelmente, muitas rotinas antigas ainda serão conduzidas sem a integração prometida. Ou seja, os aplicativos como EXCEL, ACCESS e outros softwares isolados e não integrados serão utilizados em separado e, portanto, sem alternativas de rodarem DENTRO da então “solução integrada”.

O CIO, tido como o profissional que acaba decidindo pela compra destes softwares, que interpretou aquela “solução” como adequada, não terá o conhecimento suficiente ou até mesmo a coragem necessária para assumir (junto ao CEO ou ao CFO) que comprou, em realidade, a solução ERRADA. Não terá a força para assumir que uma fase anterior (Mapeamento e Gestão por Processos) deveria ter sido realizada com mais cuidado e cientificidade. Por conta desta OMISSÃO da realidade, os softwares ficam mantidos, funcionando como podem, até porque se chega a um ponto em que retirá-los seria uma alternativa pior ainda do que mantê-los.

Esta parece ser a dura realidade. Muitas empresas fabricantes destes softwares já assumem isto, pelo menos internamente, e defendem que dentre àquelas horas de customização (venda casada) devem ser despendidos esforços específicos para Mapeamento e Gestão por Processos. Este trabalho deve ser considerado preliminar e alicerce para qualquer outro esforço organizacional, desde a compra de um ERP, passando pelas implementações das normas de sistemas de gestão (ISO 9001, ISO 14001, OHSAS 18001, SA 8000, entre tantas outras) chegando até a gestão por competências e remuneração variável.

Comprar um software de ERP e apenas fazer as tais customizações sem antes aplicar uma metodologia consistente de Mapeamento e Gestão por Processos pode ser um “tiro no pé”, pois não é incomum que estas customizações aconteçam apenas para automatizar a “estupidez processual” (e não mais o erro)! Nenhuma empresa de software que vende, junto com as horas de customizações, as horas de mapeamento de processos, está de fato independente e jamais aceitariam que alguém dissesse que seu software (já vendido... lembre-se disto) não seria capaz de executar eficazmente uma rotina específica daquela empresa. Esta notícia seria uma bomba inadmissível na relação comercial.

Nossa empresa detém de uma metodologia inovadora e extremamente diferenciada para Mapeamento e Gestão por Processos (denominada de Gerenciamento orientado a ENTREGA por meio dos OBJETOS) como forma estruturada de reconhecer a empresa e seus processos organizacionais atuais (sem mentiras), reagrupá-las a luz dos conceitos acadêmicos de Processos, Subprocessos, Macroprocessos e Ambientes de Gestão e ainda desencadear uma série de mecanismos de diagnose para encontrar diversas oportunidades de melhoria (chamado pela metodologia de Karoshis) e suas formas de correção/prevenção/aperfeiçoamento (chamada pela metodologia de Teians).

Somente depois deste tipo de trabalho tendo sido realizado, a empresa terá subsídios confiáveis para escrever procedimentos documentados (somente das atividades efetivamente agregadoras de valor as operações), mapear os requisitos de competências por cargos conforme os processos organizacionais devidamente mapeados, remunerar por desempenho/performance e uma série de outras iniciativas extremamente relevantes para a excelência da gestão.

Implementar modelos de Excelência em Gestão sem antes aplicar um modelo estruturado de Mapeamento e Gestão por Processos seria como construir uma casa de alto padrão num terreno pantanoso.

Pense nisto!

Tirá-lo da zona de conforto e fazê-lo refletir e agir é minha principal função. Você sempre é o único culpado por tudo de bom e de ruim na sua vida!

Se você acha que pode....tem razão, mas se acha que não pode...infelizmente também tem razão!

terça-feira, 4 de agosto de 2009

CRISE!? OU SERÁ QUE SERIA UM TESTE RECORRENTE PARA SEPARAR O JOIO DO TRIGO!?

Por Orlando Pavani Junior *

Qual a diferença entre a “pessoa física” da “pessoa jurídica”!? Todos os pressupostos conceituais sobre a gestão das organizações inspirou-se em algum grau no funcionamento dos organismos vivos. O próprio nome “organização” vem de “organismo”; os departamentos das empresas públicas chamavam-se “órgãos” como uma comparação aos órgãos dos sistemas vivos. Tudo no ambiente corporativo, desde os seus primórdios, sempre foi um estudo acadêmico inspirado preponderantemente no funcionamento perfeccionista da máquina dos seres vivos.
A grande diferença, metaforicamente falando, é que as pessoas físicas (seres humanos) nasceram para um dia morrer, ou seja, os seres vivos, mais cedo ou mais tarde vão sucumbir, por mais perfeita que sejam suas práticas neste mundo. Já as pessoas jurídicas (empresas) não têm a mesma característica, não é de sua natureza a morte e, quando acontece, caracteriza a convicção de que a mesma foi assassinada! A pessoa física tem limites de adaptabilidade ao ambiente em que vive, mas a pessoa jurídica só não se adapta se não quiser ou não perceber que precisa adaptar-se. Não existe, portanto, morte natural para pessoas jurídicas, só mesmo morte “matada”!
Num ambiente de CRISE...aliás o que é CRISE?! No idioma mandarim (falado pelos chineses) a palavra CRISE se escreve com dois ideogramas (símbolos kanjis) distintos, um sozinho significa PERIGO e o outro, também sozinho, significa OPORTUNIDADE, mas ambos unidos representam a palavra CRISE, ou seja, ela deve ser vista como um “perigo” iminente, mas também pode (e deve) ser vista como uma grande “oportunidade” de aprendizado e de saltos quânticos de desempenho e de performance. Outra alternativa pitoresca é retirarmos a letra “S” da mesma palavra CRISE, sobrando outro termo importantíssimo neste ambiente: CRIE. A criatividade para fazer mais e melhor depende única e exclusivamente de uma decisão do gestor e de sua equipe.
Numa de nossas atitudes sistemáticas para evitar que as empresas (nossas clientes ou simplesmente as empresas em geral) morram (ou melhor, sejam assassinadas pelos seus gestores), fomos não somente estudar profundamente a excelência da gestão, mas também a ciência do comportamento de quem as gere: as pessoas. Somos talvez uma das poucas empresas com uma equipe de profissionais que detém de proficiência para ajudar não somente tecnicamente as organizações em geral, mas também em ajudar sob o ponto de vista comportamental.
Sabemos que ATITUDE é a característica mais rarefeita no ambiente corporativo, em todos os seus níveis, e que as CRISES, cada vez mais recorrentes e cíclicas, têm contribuído mais positivamente do que ao contrário. São inúmeros os casos de empresas que atribuem aos ambientes de CRISE o real motivo de sua superação, motivo idêntico que outras tantas justificam sua falência!
Um dos depoimentos mais proeminentes e inesquecíveis que uma pessoa nos deu (depois de em um de nossos treinamentos comportamentais) é que somente em ambientes de caos total pode-se perceber que entre as letras “D” e “S” da palavra “DEUS”, existe também um “EU”, forte e corajoso, que sequer percebemos ao longo do tempo! Se não percebermos este EU (capaz de realizar absolutamente tudo que desejar....principalmente se fizer o que “precisa ser feito” e não somente o que se “gosta de fazer”), não haverá CRISE que seja capaz de esvaziar-lhe da esperança e da motivação de continuar a caminhada!
Não seria um INDICADOR de gestão algo que permita que as organizações (pessoas jurídicas) também possam sentir suas “dores” mais sutis a ponto de procurar ajuda com consultores especialistas, a exemplo das pessoas físicas com seus médicos e personal trainers!?
Estou convencido de que as CRISES virão intermitentemente, sem cansar, apenas para nos testar de nossa capacidade de superá-las e ver mais do que sempre vimos! Espero que ela possa separar o JOIO do TRIGO e que só sobrevivam as que realmente merecerem.
Pense nisto!


*Adm. M.Sc. Prof. Orlando Pavani Junior é CEO da Gauss Consulting, empresa especializada em consultoria instrumental e assessoria especializada.
pavani@gaussconsulting.com.br